terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Imprensa Comunitária: A solução para um jornalismo de inclusão social



Artigo reproduzido do Sitio do Diretório Estadual * PT-SP

As ferramentas estão ao alcance de nossas mãos e precisamos ter a vontade política de colocá-la em prática.
Por Roberto Casseb 
Terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
A forma como a grande imprensa tratou o Governo Lula com notícias mentirosas e ataques sistemáticos comprovaram mais uma vez que esses veículos são reacionários e preconceituosos, mas que ainda dominam a informação no país.

O Partido dos Trabalhadores também é o alvo preferencial dos ataques dessa mídia conservadora. Precisamos dialogar com as pessoas e nos inserir no seu cotidiano. Precisamos criar formas de comunicação que se torne necessária na vida do cidadão e mude essa correlação de forças.
 

Já é hora de aprimorarmos nossa política de comunicação para enfrentarmos de igual para igual a “Grande Imprensa” e mudarmos esse paradigma de que a esquerda não sabe se comunicar. As ferramentas estão ao alcance de nossas mãos e precisamos ter a vontade política de colocá-la em prática.

Novas formas que são velhas de se comunicar: Os jornais regionais

Com o desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação, principalmente a internet, acontece em todo o mundo uma tendência de se regionalizar a informação.

Hoje uma notícia mais geral é acessada em tempo real. O 11 de setembro foi mostrado para o mundo inteiro pela TV no instante do acontecimento. Minutos depois dezenas de novas informações e matérias já estavam na internet. Os jornais diários só puderam falar do assunto no dia 12 pela manhã. Já era uma notícia fria. Este é o principal motivo da crise mundial que afeta diretamente os jornais conhecidos da “Grande Imprensa”. O número de leitores para esses veículos diminui ano a ano.

Na Espanha os jornais tradicionais diários e vendidos em bancas estão cada vez mais fracos. Lá os jornais regionais distribuídos gratuitamente e que sobrevivem comercialmente com a venda de publicidade dominam boa parcela de leitores.

Essa transição de mudança de hábito de leitura nos formadores de opinião que utilizam os meios tecnológicos para manterem-se informados, completando seu conhecimento com notícias regionais que tem a ver com seu dia a dia, também já acontece em outros países da Europa e Estados Unidos. É a forma moderna do cidadão ficar conectado com o mundo e com o pedaço que vive.

Percebemos isso no Estado de São Paulo, onde jornais comunitários circulam em vários bairros da capital e em centenas de cidades do interior.
São veículos que construíram um trabalho de proximidade com o leitor e alguns circulam há meio século.

As rádios comunitárias também agregam força a esse novo momento de se comunicar com mias proximidade das pessoas.

Lutar para valorizar a Comunicação Comunitária

Os grandes anunciantes, ai se incluem as Estatais e o próprio Governo Federal, não programam em seu plano de mídia, verbas publicitárias para a Comunicação Comunitária. Existe um preconceito e até uma falta de conhecimento sobre a importância social desse trabalho por parte das grandes agências de publicidade.

Essa falta de apoio resulta em uma imprensa alternativa enfraquecida e limitada em suas ações profissionais. Os próprios partidos políticos no campo das forças progressistas não percebem que eles mesmos contribuem para não mudar o “Status Quo” da informação no Brasil.
Já é hora do PT fazer esse debate de forma organizada criando em São Paulo um Setorial de Comunicação Comunitária que se torne um Fórum de discussão permanente sobre as alternativas de mídia para as comunidades.

É nosso papel histórico mudar esse paradigma da dominação da “Grande Imprensa”. De forma planejada e organizada podemos influir nesse processo.

Toda força aos veículos alternativos de comunicação.


Enviado por Adolfo Fernandez

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