segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Com caixa cheio, Kassab não usa verba Anti-Enchente

É justo e necessário que nesse momento em que tragédias vividas no Rio de Janeiro, que “nada têm de Deus e tudo tem dos homens”, como dizia Gonçalves Dias no século XIX ,  a sociedade civil se mobilize.Porém, isso não pode ofuscar as cobranças que devem ser feitas no nosso município e estado.


COM  CAIXA CHEIO, KASSAB NÃO USA VERBA RESERVADA

Locais com obras planejadas há anos, como Pompeia, voltaram a alagar

Enquanto a prefeitura usa só parte do dinheiro em córregos e piscinões, verba publicitária bate novo recorde na gestão


JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

No ano em que a prefeitura bateu recorde de arrecadação de impostos, a gestão Gilberto Kassab (DEM) investiu menos do que estava previsto no Orçamento em projetos antienchente -parte dos locais que receberiam essas intervenções voltou a alagar.
Segundo a Secretaria de Planejamento, no ano passado, as receitas de impostos cresceram 20,4%, puxadas pelo IPTU (alta de 26,2%), que colocou R$ 835 milhões a mais nos cofres da prefeitura em relação ao ano anterior.
O valor extra é quase o dobro do que Kassab gastou com intervenções antienchente (R$ 430 milhões de um total previsto de R$ 504 milhões). Projetos como canalização de córregos e construção de piscinões tiveram gastos abaixo do previsto.
Parte dos locais alagados nos últimos dias tem obras planejadas há anos, mas que continuam no papel. Em um deles, no final de dezembro, morreu a professora Michele Borges, 29, arrastada pelas águas do córrego Ponte Baixa, em M'Boi Mirim, zona sul.
Tivessem prevalecido os planos da prefeitura, o córrego já estaria canalizado. A obra é incluída no Orçamento desde 2005. Em 2010, a prefeitura previa gastar R$ 20 milhões, mas nada foi feito.
Outro local que alagou anteontem foi a praça General Oliveira Álvares, na Vila Madalena (zona oeste), onde deveria ser feito um piscinão. A prefeitura fez a licitação em 2008, contratou a empresa em 2009, mas nada foi feito.
Em uma das regiões que mais alagam, a Pompeia (zona oeste), a prefeitura nunca tirou do papel o piscinão planejado há anos. Recentemente, o projeto mudou para galerias. Sem a solução prometida, o local deixou carros ilhados no temporal.

PUBLICIDADE
Entre a noite de anteontem e ontem, ao menos seis córregos transbordaram. Investimentos nessa área, como limpeza e canalização, fecharam 2010 abaixo do previsto.
Em outras áreas, a prefeitura gastou o que previa, como em publicidade -R$ 108,9 milhões, quase o dobro de 2009 (R$ 57,8 milhões), novo recorde da gestão.
Segundo a Secretaria de Comunicação, o crescimento foi menor pois em 2009 havia R$ 33 milhões para publicidade nos orçamentos das pastas de Educação e Saúde.
Em 2010, a verba foi utilizada, segundo a prefeitura, em campanhas como as de prevenção da dengue e gripe A e na divulgação de eventos como a Virada Cultural.

Enviado por luisnassif, qua, 12/01/2011 - 01:13
Por José Roberto X
 Vejam aqui uma notícia que reflete bem o nível de competência e responsabilidade  da administração Gilberto Kassab, do DEM.  
21/08/2010 11h28  
Prefeitura de SP aplica verba contra enchentes em viaduto na Zona Leste
Valor seria usado em obras contra inundações em São Mateus e M’Boi Mirim.
Viaduto deve ser inaugurado em março de 2011.
Da Agência Estado
A Prefeitura de São Paulo transferiu recursos de ações antienchentes para a construção de um viaduto estado no Tatuapé, na Zona Leste da cidade. A medida revoltou moradores de áreas de risco de São Mateus, também na Zona Leste, e de M’Boi Mirim, na Zona Sul, que aguardavam um piscinão e a canalização de um córrego.
A verba reservada neste ano para o viaduto, que deverá ser inaugurado em março de 2011, aumentou 163% em relação à previsão inicial. O salto, de R$ 29 milhões para R$ 76,7 milhões, é o maior entre os projetos viários da Prefeitura.
O viaduto já teve 69% das obras concluídas - em dezembro, o índice não chegava a 30%. A velocidade é explicada ao se observar as transferências financeiras desde 24 de abril. Somente dois remanejamentos somaram R$ 12,8 milhões e vieram de projetos para bairros que ficaram alagados no verão.
De um piscinão para o Córrego dos Machados, por exemplo, em uma área de risco em São Mateus, que ficou submersa em 5 de dezembro, foram retirados R$ 6,7 milhões. Da canalização do Córrego Ponte Baixa, em M’Boi Boi Mirim, foram R$ 6 milhões. Ambos os projetos estão em licitação, sem prazo para conclusão.
O governo municipal também transferiu R$ 26 milhões do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental. Outros R$ 2 milhões vieram de um anel viário no Parque Guarapiranga, ainda no papel, e R$ 12,1 milhões de "obras e instalações" em geral.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) diz que a suplementação foi necessária porque a previsão inicial de gastos, de R$ 49 milhões, foi reduzida pelos vereadores para R$ 26 milhões em dezembro, na votação do orçamento. Sobre a transferência de R$ 26 milhões do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental, a prefeitura diz que o fundo ainda não foi constituído e que o remanejamento é legal e previsto em contrato.
Ao G1, a prefeitura afirmou que a transferência de verba das obras nos córregos para o viaduto não é prejudicial porque o projeto está em fase de licitação, portanto, ainda não há obras em andamento.

É lamentável que a responsabilidade dessa administração incompetente acabe recaindo sobre os paulistanos em geral. Mas é bom lembrar que Kassab ganhou com pouca diferença em relação à Marta.
Enviado por Suzana Mesquita


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